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MOÇÃO DE REPÚDIO AO SUCATEAMENTO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICAS E CORTES NA EDUCAÇÃO

Nós, participantes do VIII Singa, repudiamos o processo de desmonte do Ensino Superior Público em curso no Brasil. Os ataques desferidos pelo governo federal e pelos governos estaduais contra as universidades públicas fazem parte de um conjunto mais amplo de ataques aos direitos dos trabalhadores e de destruição dos serviços públicos no país.
Os cortes de verbas de custeio e de assistência estudantil, os cortes de verbas no PRONERA e no PIBID, a expansão da terceirização e a precarização das relações de trabalho no interior das universidades tornam cada vez mais inviável a manutenção da articulação entre ensino, pesquisa e extensão, prejudicam a qualidade do ensino e dificultam a permanência dos estudantes, em especial daqueles de mais baixa renda, cotistas e que estudam em regime de alternância.
Trata-se de um movimento articulado contra o caráter público, gratuito e laico das universidades públicas brasileiras e contra o processo de democratização que vinha se aprofundando nos últimos anos com a entrada crescente de camponeses, indígenas e afrodescendentes.
Este projeto de destruição da universidade pública encontra na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) seu estágio mais avançado – professores e técnicos com quatro salários atrasados e estudantes sem bolsa e sem restaurante universitário.
Reivindicamos a imediata recomposição do orçamento das universidades e das instituições de apoio à pesquisa de forma a repor as condições adequadas de funcionamento das universidades públicas brasileiras, assegurando os direitos de trabalhadores docentes e técnicos, a integralidade do tripé Ensino, Pesquisa e Extensão, a gratuidade do acesso e as condições de permanência para os estudantes.
                                                                                              Curitiba, 5 de novembro de 2017

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​JÁ ESTÁ DISPONÍVEL EM E-BOOK O ATLAS DA QUESTÃO AGRÁRIA NO PARANÁ

Um esforço coletivo do Observatório da Questão Agrária no Paraná junto a movimentos sociais e povos e comunidades que mostram a diversidade das relações, práticas e dos conflitos pela terra e território paranaenses.   Convidamos a todxs a se apropriar dessa leitura ampla e crítica sobre o campo no estado e esperamos que o Atlas seja objeto de leitura e divulgação, de uso como material didático e de formação, e acima de tudo que possa contribuir ao debate sobre o Paraná que temos e o que queremos.   Logo abaixo você pode clicar na imagem e Baixar o documento para ter acesso ao Atlas e desfrutar da leitura:  

NOTA DE REPÚDIO

A Rede de Pesquisadores sobre a Questão Agrária no Paraná, integrada por pesquisadores de oito universidades públicas do estado, vem a público manifestar preocupação em face do cerceamento do exercício profissional da Geógrafa e pesquisadora Márcia Yukari Mizusaki, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) por meio de ameaças motivadas pelo trabalho realizado junto às comunidades indígenas   do Município de Dourados, no Mato Grosso do Sul. À preocupação com esse que poderia ser um ato isolado, perpetrado por indivíduos que sentem-se à vontade para atentar contra os Direitos Constitucionais da servidora e dos indígenas, soma-se o repúdio à semelhante conduta do Jornal Diário MS, veículo de imprensa investido da tarefa pública de informação graças à concessão de que desfruta. A materia "Índios ampliam invasões de propriedades em Dourados", assinada por Marcos Santos, publicada no dia 22 de agosto último, é um exercício explícito de incitação à intolerância étnica